Hoje conclui: Adoro greves da Função Pública.
Não, não adiro apesar de ser funcionário público. Gosto é do facto de a esmagadora maioria dos auxiliares de acção educativa, comummente conhecidos como funcionários de escola, aderirem massivamente ao ícone máximo de protesto reivindicativo. Assim sendo, as escolas por não garantirem os serviços mínimos, encerram lamentavelmente para regozijo dos discentes mais propensos ao ócio.
O que acontece? Docentes cheios de vontade de trabalhar em início de Junho, desejosos de aturar pirralhos e adolescentes influenciados por uma primavera tardia, vêem-se obrigados a não leccionar assinando o mágico livro de ponto e ficando a cumprir o horário olhando para os cantos nunca antes descobertos na sala dos professores ou para o cartaz sindical afixado em 2003.
Bem, o que importa é que no mágico dia 23 chove por completo mesmo que se trabalhe menos um dia neste mês.
Vejamos, adianta estapafúrdia indignação? Aos aderentes é lhes subtraído a féria do dia, o governo esfrega as mãos pelos milhares de euros que nem saem dos cofres e o manifesto para a opinião pública passa por pouca vontade de trabalhar gozando assim um dia em casa ou num centro comercial próximo da área de residência (até porque não dá para ir muito longe porque o combustível está caro).
Façam-se greves como deve ser! No local de trabalho. Massifiquem a afluência ao sítio onde se desempenha a actividade profissional de modo a demonstrar as ínfimas condições de trabalho! Barriquem se nas casas de banho, entupam as secretárias e os corredores, algemem se ao gradeamento da entrada ou façam vigílias associadas a greves de fome (claro, com intervalos para o almoço e jantar).
Um bem-haja as greves nos moldes que o povo as concebe. Eu gosto, os alunos também e o staff governativo esfrega as mãos com um ligeiro aumento do seu orçamento.
Por tudo isto, tenho dito.
P
quinta-feira, 5 de junho de 2008
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