sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

As medidas de austeridade previstas para a área da educação são equilibradas?

O único equilíbrio destas medidas de austeridade previstas para a área da educação está no seu próprio desequilíbrio!

Continuo sem perceber porque se deturpa ininterruptamente a pirâmide de valor académico da sociedade portuguesa. Quando se prima pela sobrevalorização de sectores como a saúde ou as engenharias e se descura que, para existirem médicos ou engenheiros, os docentes são primordiais na sua formação. Os professores desempenham função primaz na estrutura de um qualquer estado social, na medida em que contribuem para a formação científica de base e especifica de qualquer profissão! Claro, os professores não são por si só o ensino (incluímos os administrativos, os auxiliares de acção educativa e os encarregados de educação), mas são estes que carregam consigo toda a responsabilidade da formação instrutiva dos futuros Homens do país! Sim, porque o professor é um transmissor de conhecimentos e não um educador.

Para desempenhar condignamente a arte de ensinar, precisamos de ferramentas como de ovos para omeletas. Quando se apostaria em turmas com número de alunos dignos, carga lectiva adequada aos programas das disciplinas, importância igualitária em todas as áreas do saber (línguas, ciências exactas e humanas, expressões, tecnologias e educação física) e vontade de deixar trabalhar quem quer, apostam-se em cortes drásticos no ensino que se pautam unicamente por medidas economicistas que se despreocupam por natura da qualidade de ensino.

Não se concebe cortar economicamente na formação dos profissionais de amanhã que terão a incumbência de governar este país “à beira mar plantado”. Fico triste pela situação em que se encontra o ensino pelo qual muito precocemente me apaixonei… Não deixarei de contribuir com a minha parte para garantir um desempenho de qualidade!

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