Ser do perfeito canteiro e sabor acicatado do desejo, que brotaste do nada e despontaste da terra cor esperança, causas alvoroço no alcance de um rumo mas alivias a razão deprovida de propósito.
Beijo a noite para roçar suavemente aquele astro que, por certo, te entrega parte de mim. Meus olhos encontrarão os teus e, aí, se cruzam olhares num ritmo tresloucado. Perdição, tentação, devaneio, loucura e convicção! Encanto me por esta noite que é tão tua como minha. Na sua penumbra me perco… vil distância agreste que incita ao meu sossego. O limiar do toque deixa me sedento de ti, mesmo que consciente te saboreie desenfreadamente.
Não vou sonhar contigo, vou ter te comigo e em ti repousarei… Mértola!
P
quinta-feira, 12 de janeiro de 2012
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3 comentários:
Delicia... :)
Esse desassossego interior derrama-se sobre a nossa vil dignidade e trilha na escória já batida, fica um sabor seco na boca. O calor do inverno chega a ser tão ofegante quanto aquele fresco das manhãs de verão. É impertinente, quando há desejo infantil. Sobejam de Beja a palavra em si, um pouco mais a sul é tudo um pouco mais escondido. Sempre achei que era por ser mais a sul de mim. Gosto de um brilho que se sacode nos olhos, talvez seja por ser de uma terra tão pura. Mas falo do meu! Disso, recordo-me quando vejo andorinhas a sobrevoar no meu próprio espaço. Agora, presentemente distante do meu pó. Com os pés um pouco menos pintados em vermelho da minha terra, sacudo uma inveja preconceituosa daquilo que já sou. O segredo de ser e ter por querer fazer deixou de ter espaço, a fantasia no olhar e aquele caminhar por leveza ao permitir que se sacuda um sorriso é do que sou de mim onde me conheço.
Isto, porque gosto de sonhar ai …
Porque o sol continuará sempre... mas sempre a brilhar! ainda te reconheço na penumbra de uma noite estrelada na terra vermelha... Beijo
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