Hoje rabisco ao amor,
Redijo a uma aguarela de cor,
Retrato os teus sonhos dia-a-dia,
Pinto nas linhas uma prosa luzidia.
Para que nem o chão perca dos pés,
Retrato-te na mente tal como és,
Gravo a prazer desmesurado teu rosto,
Criatura, és sol que mais do que gosto.
Pessoa encanto que me engrandece,
Existe, invadiu, perdura e acontece,
De particularidades apinhada e imensa,
Aperta me a alma e coração condensa.
De mil delitos e equívocos meus,
Minha inocuidade atesta-a Deus,
Teu arrojo ténue, em parte cedo bem esvazia,
Ansiava que fosses o meu outro eu um dia.
P
segunda-feira, 31 de maio de 2010
terça-feira, 25 de maio de 2010
Resoluções
Inexplicavelmente, somos confrontados com tomada de decisões que nos condicionam toda a vida. Esse percurso tortuoso numa qualquer vereda de terra batida do Gerês ou de um rápido do Douro nascente a que intitulamos de existência, faz se de vivências e veracidades que nem sempre o passar dos anos nos concede apetência de clarividência.
Será o ser humano capaz de discernir entre a melhor escolha? Será capaz de convenientemente optar pelo bem ou pelo mal? Deixar-se decidir entre o anjo ou o diabo? A direita ou a esquerda? Entre o sul e o norte? O beijar ou ser beijado?
Como qualquer decisão tomada, as sequelas far-se-ão sentir num futuro pegado, quer positivamente, quer negativamente.
Usualmente digo que mais vale arrependermo-nos de algo que fizemos do que de algo que não fizemos. Ao deixar falecer a oportunidade de algo, permanecerá a interrogação de como teria sido! Até provar o mais suculento e carnudo fruto, não poderemos dizer que gostamos ou não.
Sucumbiremos então à desenfreada instigação de dizer sim à partida? Não acho que seja a melhor forma de conduzir o meu rumo… mas deixar passar a ensejo de ver mais um nascer do sol ou sentir mais uma vez o cheiro da terra molhada causa-nos um oco intransponível que nos impinge barreiras entre o presente e o dia de amanhã.
Não estou com contemplações em relação ao meu futuro. As minhas deliberações são arrebatadas e reflexo de uma racionalidade que me consumiu a emoção. Sinto-me capaz de optar na encruzilhada pelo que é melhor para mim, mesmo que não seja o melhor para os outros. Disposto a moldar me aos que de mim dependem? Sempre estive… resta saber se serei aceite não como sou, mas como poderei vir a ser.
Não será um qualquer óbice que me fará demover do meu intento… continuarei a lutar rendido à emoção do meu ser racional e ao contrário do que seria esperado, não tombarei esperando que o tempo cure as chagas na minha pele. Continuarei firme ás minha certezas e nenhuma tomada de decisão me dissuadirá alcançar o cume do Evereste… posso não chegar lá, mas todos os dias me vou esforçar para atingir o meu intento!
Não desisto de ser feliz.
Tenho dito.
P
Será o ser humano capaz de discernir entre a melhor escolha? Será capaz de convenientemente optar pelo bem ou pelo mal? Deixar-se decidir entre o anjo ou o diabo? A direita ou a esquerda? Entre o sul e o norte? O beijar ou ser beijado?
Como qualquer decisão tomada, as sequelas far-se-ão sentir num futuro pegado, quer positivamente, quer negativamente.
Usualmente digo que mais vale arrependermo-nos de algo que fizemos do que de algo que não fizemos. Ao deixar falecer a oportunidade de algo, permanecerá a interrogação de como teria sido! Até provar o mais suculento e carnudo fruto, não poderemos dizer que gostamos ou não.
Sucumbiremos então à desenfreada instigação de dizer sim à partida? Não acho que seja a melhor forma de conduzir o meu rumo… mas deixar passar a ensejo de ver mais um nascer do sol ou sentir mais uma vez o cheiro da terra molhada causa-nos um oco intransponível que nos impinge barreiras entre o presente e o dia de amanhã.
Não estou com contemplações em relação ao meu futuro. As minhas deliberações são arrebatadas e reflexo de uma racionalidade que me consumiu a emoção. Sinto-me capaz de optar na encruzilhada pelo que é melhor para mim, mesmo que não seja o melhor para os outros. Disposto a moldar me aos que de mim dependem? Sempre estive… resta saber se serei aceite não como sou, mas como poderei vir a ser.
Não será um qualquer óbice que me fará demover do meu intento… continuarei a lutar rendido à emoção do meu ser racional e ao contrário do que seria esperado, não tombarei esperando que o tempo cure as chagas na minha pele. Continuarei firme ás minha certezas e nenhuma tomada de decisão me dissuadirá alcançar o cume do Evereste… posso não chegar lá, mas todos os dias me vou esforçar para atingir o meu intento!
Não desisto de ser feliz.
Tenho dito.
P
quinta-feira, 20 de maio de 2010
Virtuoso
Dizia que mesmo os mais virtuosos sucumbem a um ímpeto e vincado controlo sobre uma tentação! Será legítimo assegurar tal realidade quando os nossos dias nos deparamos com surpresas constantes? Quisera eu pôr-me a adivinhar que já nada me surpreenderia, quando sou brindado com mais um ano de vida. Novidade? Nem por isso. Sabia que por meados do quinto mês minha divina e valiosíssima progenitora havia brotado ao mundo tão delicada criatura. Então o que há de novo? Somente o livro por escrever, apinhado de páginas em lácteo branco que imaginei anteriormente estarem escritas com a mais rematada caligrafia. Pois é, a minha vida não está predestinada e dia-a-dia me deparo com risos e chacota, palmadinhas e mal dizer, ignorância e benquerença. Mais um ano e os outros, com todo o desdém que me apraz, que não me enxergam, persistem em proferir comentários sobre mim e a endrominar sobre quem eu sou. Fará sentido perder o meu tempo com vis personagens, quando os raios de sol impregnam Mértola e me fazem sorrir? Hoje, vejo claramente o ziguezaguear do Guadiana e entendo a curva do rio na terra onde torra o calor. Hoje sinto-me cálido no aroma de um azul suave, na pronuncia segura igual ao de um cantar alentejano, no vai e vem de um zelo incessante em atingir um propósito. A tua companhia, Terra petiza, tem me tornado seguro sempre que por tuas calçadas vagueio contigo, quando o Castelo vejo serem os teus olhos, as ameias a menina dos olhos… teus olhos e o teu toque se declarar ser cada a noite que teu céu estrelado ampara meu sono. Extenuas como kriptonite, persuades-me como servo crente, alio-me a ti como fiel companheiro e agracio a forma como me colheste em teu mundo com a faculdade de bem saber receber. E como me recebes…
Crê fielmente em mim e não desiludirei tua história, teu passado, tuas amarguras e infortúnios, tuas conquistas e façanhas… terra Petiza, terra bem figurada… terra Menina!
Descerca te de controlo e condescende te a este meu sôfrego querer de actuar como parte de ti, não ser mais um, mas ser o que labora tuas planícies, irriga teu solo e metamorfoseia a terra do mel e medronho no mais flóreo jardim primaveril da província para Além do Tejo.
P
Crê fielmente em mim e não desiludirei tua história, teu passado, tuas amarguras e infortúnios, tuas conquistas e façanhas… terra Petiza, terra bem figurada… terra Menina!
Descerca te de controlo e condescende te a este meu sôfrego querer de actuar como parte de ti, não ser mais um, mas ser o que labora tuas planícies, irriga teu solo e metamorfoseia a terra do mel e medronho no mais flóreo jardim primaveril da província para Além do Tejo.
P
segunda-feira, 17 de maio de 2010
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