terça-feira, 25 de maio de 2010

Resoluções

Inexplicavelmente, somos confrontados com tomada de decisões que nos condicionam toda a vida. Esse percurso tortuoso numa qualquer vereda de terra batida do Gerês ou de um rápido do Douro nascente a que intitulamos de existência, faz se de vivências e veracidades que nem sempre o passar dos anos nos concede apetência de clarividência.
Será o ser humano capaz de discernir entre a melhor escolha? Será capaz de convenientemente optar pelo bem ou pelo mal? Deixar-se decidir entre o anjo ou o diabo? A direita ou a esquerda? Entre o sul e o norte? O beijar ou ser beijado?
Como qualquer decisão tomada, as sequelas far-se-ão sentir num futuro pegado, quer positivamente, quer negativamente.
Usualmente digo que mais vale arrependermo-nos de algo que fizemos do que de algo que não fizemos. Ao deixar falecer a oportunidade de algo, permanecerá a interrogação de como teria sido! Até provar o mais suculento e carnudo fruto, não poderemos dizer que gostamos ou não.
Sucumbiremos então à desenfreada instigação de dizer sim à partida? Não acho que seja a melhor forma de conduzir o meu rumo… mas deixar passar a ensejo de ver mais um nascer do sol ou sentir mais uma vez o cheiro da terra molhada causa-nos um oco intransponível que nos impinge barreiras entre o presente e o dia de amanhã.
Não estou com contemplações em relação ao meu futuro. As minhas deliberações são arrebatadas e reflexo de uma racionalidade que me consumiu a emoção. Sinto-me capaz de optar na encruzilhada pelo que é melhor para mim, mesmo que não seja o melhor para os outros. Disposto a moldar me aos que de mim dependem? Sempre estive… resta saber se serei aceite não como sou, mas como poderei vir a ser.
Não será um qualquer óbice que me fará demover do meu intento… continuarei a lutar rendido à emoção do meu ser racional e ao contrário do que seria esperado, não tombarei esperando que o tempo cure as chagas na minha pele. Continuarei firme ás minha certezas e nenhuma tomada de decisão me dissuadirá alcançar o cume do Evereste… posso não chegar lá, mas todos os dias me vou esforçar para atingir o meu intento!
Não desisto de ser feliz.
Tenho dito.

P

1 comentário:

Joana ' disse...

"Não desisto de ser feliz."
E é assim que devemos seguir em frente.
Os tombos, aqueles que magoam e que damos quando menos estamos à espera, servem para testar a nossa vontade de viver... Se nunca caíssemos não saberiamos dar valor ao simples acto de caminhar, ao acto - que exige coragem - de nos reerguermos...
Espero que a felicidade ande lado a lado consigo... :)