sexta-feira, 18 de julho de 2008

O doce queixar da sorte

Meu ser confuso desprovido de propósito
Calcorreia a calçada inconstante dia a dia
Subjugado ao que se diz ser a vida
Impelido a almejar uma suposta alegria.

Sorrio fingindo sorriso esfarrapado
Não transpareço tristeza vã minha
Oco, entranho meu amargo fado
Atraiçoando me com alegria que não se avizinha.

De que te lamentas venturosa criatura?
Se tua estrada é ampla e desobstruída
Lembra os infortúnios dos despojados de rumo
Tu tens a peça que completa o puzzle da vida.

Esqueço então minhas lamúrias e queixumes
Prostro me então ao sucesso na minha sina
O pejado desconforto é inexistente agora
Folgado até à hora que a vida termina.

P

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