quinta-feira, 10 de julho de 2008

Viagem da Mente

Enquanto os pássaros batem asas
Os trilhos se percorrem sem pegadas marcadas
Em direcção a mim calcorrear montes e penhascos
E não estou, onde procuras, não fujo mas não estou
Essas asas perturbam o silêncio que era,
Ruído se fez!
Coíbe ouvir a página que lês
Parte delas rasgadas, lançadas ao vento
Dão poesia à natura, dão literacia aos penedos
Cultivam mentes impenetráveis
Cede a inacessível forte
Corrompido, destruo me… será que resisto?
Não sustenho a dor
Desintegro me de mim mesmo
Escapo me de mim mesmo
Desmembro me de mim mesmo…
No entremeio apareces tu, guardada no âmago do espírito
Para perpetuar teu rosto, tatuo te na minha alma
Gravo te na minha pele
Cravo te na minha ossada
A te manter em mim… para que os pássaros batam as asas
Não voe eu a ti, tás presente.
Esses trilhos corridos são hoje conhecidos.
Não me perco, tenho te comigo.
Conheço esse caminho...
Voei sobre ele antes de te ter.

P

2 comentários:

Se não fui eu foste tu disse...

Vais levar com um arrepio no pescoço que tu vais ver!!!:)
obrigada por voltares****

Joana ' disse...

As suas palavras viciam... Os seus textos prendem... A sua escrita encanta.
Gostei particularmente da parte final,
"Esses trilhos corridos são hoje conhecidos.
Não me perco, tenho te comigo." . Penso que encerram lindamente um grande poema, uma grande mensagem, um forte sentimento...