segunda-feira, 4 de julho de 2022

Vida

Então construímos a nossa história, depois de um longo trajeto desconcertante e em percursos distintos... a água como testemunha, mais do alto ou do baixo... e aparece o risco merecido e um descanso no meu peito em dia em que o povo saiu à rua sem se reconhecer... veio o acordar e o sobressalto do percalço.... um precioso silêncio onde a conversa se faz pelo olhar... No entanto aproximas-te... rasgas um sorriso no canto lábios e desvendas essas covinhas apaixonantes, esboças daqueles sorrisos que suscitam uma chama intensa e o fogo interior. Beijas como só tu sabes fazer! Nossas línguas procuram-se, misturam-se, resistindo-se e aspirando... Nem tento resistir a este súbito e irresistível desejo de me abeirar a ti... e continuo apenas a olhar-te sensualmente. Mas sinto um desejo insuportável de te tocar, cada centímetro de tua pele... sem pressas. Acabo por ceder à vontade de me alojar no teu pescoço e colocar meus lábios húmidos e quentes, e descobrir a suavidade e o calor da tua pele... É inevitável: construímos o nosso amor! Nossos corpos então pressionam-se um contra o outro, sinto o teu desejo a se erguer contra mim... Quero dar-te tudo... beijo-te delicadamente o rosto... acabo por cobrir teu peito com meus beijos mas já com a respiração ofegante e a um ritmo alucinante, com falta de ar, pois todo o meu ser se encontra esfomeado. Sinto-me fraquejar sob o peso do desejo... volto então para o teu rosto com o toque da minha língua para que te possa apreciar delicadamente, provar os teus lábios, mordê-los e agarrar o teu cabelo pela nuca... acariciar-te... e demorar em cada parte do teu corpo, descobrindo novas sensações. Terminando o percurso com as mãos, tu sentes a delicadeza do cabelo quando desço do teu torso para uma deliciosa mescla de magia com a língua. Tudo é questão de se provar, o paladar... um dos 5 sentidos importantes! Finalmente obtenho o que tanto ansiava... Sentir-te mas principalmente provar-te... Entranhar-me em teu corpo e cravar-me no teu pensamento! O “Sim” será o princípio de tudo quando juntos conseguiremos construir... Os nossos sonhos serão a nossa realidade! Ficou a coroa da princesa do mar e permanece o nosso amor.

P.

segunda-feira, 19 de novembro de 2018

Delícia

Quero ser espada de prazer que trespassa intensamente o teu corpo como o ar expirado por um sonhador apaixonado!

P.

segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

Adoro mulheres de rabo-de-cavalo

A mulher é o ser mais irrepreensível e absoluto à face da terra, mas transpõe a sua essência com um gesto tão singelo e mordaz: prender o cabelo! Não há mulheres hediondas. Há mulheres menos cuidadas, menos caprichosas ou perspicazes. Qualquer mulher se torna centro de atenção com um simples gesto como agarrar o cabelo! Como será possível um ser tão belo se tornar tão arrebatante com um simples gesto e jeito de estar? O cabelo preso descobre a parte mais sensitiva feminina: o pescoço. O seu sex appeal, a sua extrema voluptuosidade, a sua essência… faz da mulher o ser mais supranatural à face da terra! Qual o homem que resiste à sensualidade do término do cabelo numa qualquer nuca feminina? Rainhas, princesas, senhoras e meninas… prendam os seus cabelos pelo bem da humanidade (masculina, pelo menos)! Redobrem a vossa sensualidade e potencializem as vossas aptidões. Se uma mulher bonita é hábil, uma mulher de cabelo preso é totalitária. P.

segunda-feira, 8 de setembro de 2014

Era uma vez...

Com 23 anos imaginamos um futuro com emprego estável, casa, mulher e filhos. Constituir família é preponderante para quem não quer uma passagem infrutífera nesta vida. Estranho ou diferente como sou, relógio biológico em fast forward e o trabalho destruidor de todo e qualquer castelo, avizinhava-se destino promissor. Hoje sem princesa ou descendentes, não receoso pelo quebrar da linhagem, mas consciente de um presente hipotecado, lamento os comboios passados ou a coragem comedida nos momentos certos. Fartei me de brincar às casinhas e de fazer castelos de areia… Queria dar um pontapé na tal pedra e sem molestar o meu dedo grande, com um rasgado sorriso dizer-te; Posso-te levar ao altar? P.

quarta-feira, 9 de julho de 2014

... E o passado voltou-se a escrever

Já declinei e já me penitenciei… Ignorei o óbvio e hoje arrependo-me. Resta-me manter o propalado objetivo de atingir o cume do Evereste… O meu Evereste! Hoje carrego o encargo pesado de um passado de equívocos e, nem com isso, aprendi a transpor os obstáculos. Escrevi no mesmo papel e com a mesma tinta as mesmíssimas palavras. Amanhã é um novo dia... mas a lágrima, essa, já correu o meu rosto. P

sexta-feira, 19 de julho de 2013

Piropo para a "princesa"

"Dás-me o teu número? Não o de telemóvel, nem o dos sapatos, mas sim o da cabeça para te poder fazer uma coroa... Uma princesa como tu não pode andar por aí assim..."

quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Aventura

Ser do perfeito canteiro e sabor acicatado do desejo, que brotaste do nada e despontaste da terra cor esperança, causas alvoroço no alcance de um rumo mas alivias a razão deprovida de propósito.
Beijo a noite para roçar suavemente aquele astro que, por certo, te entrega parte de mim. Meus olhos encontrarão os teus e, aí, se cruzam olhares num ritmo tresloucado. Perdição, tentação, devaneio, loucura e convicção! Encanto me por esta noite que é tão tua como minha. Na sua penumbra me perco… vil distância agreste que incita ao meu sossego. O limiar do toque deixa me sedento de ti, mesmo que consciente te saboreie desenfreadamente.
Não vou sonhar contigo, vou ter te comigo e em ti repousarei… Mértola!


P

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Hoje

Quero partir sem destino, encontrar me no perdido e voltar não sei quando! É só aquela sensação de apetece-me não sei bem o quê

P

sábado, 19 de março de 2011

9 anos depois de ter sido teu professor...

É este o principal motivo que me faz dar o máximo todos os dias para com os meus alunos. Há 9 anos fui professor de alguém que se tornou um grande homem, dele recebi esta mensagem que me enche de orgulho e plena satisfação:

"Dizem k so damos real valor as coisas kuando estao longe ou kuando as perdemos pois no meu caso a vida ensinou-me a apreciar os bons momentos e a chorar por akeles k gostaria k nao mais acabessem...infelizmente deixei de ser teu aluno e podes nao acreditar mas magoa!!! foste seras para sempre o melhor professor k tive e k nunca terei mais...partilho contigo a alegria de k vou ser papa de trigemeos ;) estou super feliz!!! nao te vou chatear mais deixo-te com um dakeles abracos de verdade e sentidos dakele k pode nao ter sido de sempre mas vai ser para sempre teu amigo e teu admirador abraco"

Obrigado pela consideração e estima meu amigo. As maiores felicidades... conta comigo para o que precisares.
Abraço,

Paulino Pereira

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

As medidas de austeridade previstas para a área da educação são equilibradas?

O único equilíbrio destas medidas de austeridade previstas para a área da educação está no seu próprio desequilíbrio!

Continuo sem perceber porque se deturpa ininterruptamente a pirâmide de valor académico da sociedade portuguesa. Quando se prima pela sobrevalorização de sectores como a saúde ou as engenharias e se descura que, para existirem médicos ou engenheiros, os docentes são primordiais na sua formação. Os professores desempenham função primaz na estrutura de um qualquer estado social, na medida em que contribuem para a formação científica de base e especifica de qualquer profissão! Claro, os professores não são por si só o ensino (incluímos os administrativos, os auxiliares de acção educativa e os encarregados de educação), mas são estes que carregam consigo toda a responsabilidade da formação instrutiva dos futuros Homens do país! Sim, porque o professor é um transmissor de conhecimentos e não um educador.

Para desempenhar condignamente a arte de ensinar, precisamos de ferramentas como de ovos para omeletas. Quando se apostaria em turmas com número de alunos dignos, carga lectiva adequada aos programas das disciplinas, importância igualitária em todas as áreas do saber (línguas, ciências exactas e humanas, expressões, tecnologias e educação física) e vontade de deixar trabalhar quem quer, apostam-se em cortes drásticos no ensino que se pautam unicamente por medidas economicistas que se despreocupam por natura da qualidade de ensino.

Não se concebe cortar economicamente na formação dos profissionais de amanhã que terão a incumbência de governar este país “à beira mar plantado”. Fico triste pela situação em que se encontra o ensino pelo qual muito precocemente me apaixonei… Não deixarei de contribuir com a minha parte para garantir um desempenho de qualidade!

P

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Mina de São Domingos

"A Mina de São Domingos é rodeada por Beja (sede de distrito), Mértola (sede de conselho) e Serpa. Até à fronteira espanhola são poucos quilómetros, existindo agora, muito recentemente, uma ligação fronteiriça rodoviária. Também o Algarve, a famosa costa do Sul de Portugal, e Évora, eleita pela UNESCO como património cultural mundial, ficam a menos de duas horas de distância. A história das Minas de São Domingos é anterior aos tempos do Império Romano, altura em que os trabalhos se intensificaram com a exploração do chapéu de ferro que cobria a massa piritosa, para exploração de cobre, ouro e prata. Com a redescoberta da Mina em 1854, por Nicolau Biava e o início da exploração em 1857, a empresa proprietária da Mina, La Sabina, concede os direitos de exploração à empresa Mason and Barry, que constrói pouco a pouco uma aldeia para todos que laboram na mina e em seu redor. Com locais bem demarcados, foram construídos bairros em função das actividades desenvolvidas na estrutura mineira. Ainda hoje, é bem visível esta divisão de poder: a zona dos Ingleses, com casas espaçosas, jardins e espaços de convívio contrasta com as zonas dos operários em que o mesmo espaço (16m2) era compartilhado por famílias numerosas. Edificações, de taipa, alinhadas em banda, são hoje o cartão de visita desta localidade. Durante mais de cem anos, os mineiros retiraram do subsolo milhões de toneladas de minério, principalmente cobre. No século XIX, mais especificamente em 1858, tem início a exploração recente da mina pela companhia Manson and Barry, tendo-se prolongado os trabalhos por mais de um século até 1966, ano de encerramento da mina, após esgotamento do minério. A lavra da mina nos tempos modernos foi feita a céu aberto até aos 120 m de profundidade, tendo os trabalhos continuado por meio de poços e galerias até aos 400 m. Nos dias de hoje, a mina encontra-se abandonada, restando apenas ruínas. Em redor destas vêem-se lagoas ácidas com um pH de aproximadamente 2,4. Estas lagoas foram criadas há algumas décadas atrás para fazer decantação, ou seja, para fazer a separação de misturas heterogéneas entre um sólido e um líquido ou de líquidos imiscíveis (que não se misturam), das escorrências da antiga mina. No entanto, este abandono da mina é preocupante, pois coloca sérios problemas ambientais, a nível dos impactos paisagísticos, assim como dos ecossistemas afectados. Estas "águas ácidas" são prejudiciais para os solos, contaminando-os, para os ecossistemas existentes perto das minas, e para linhas de água, o que se agrava ainda mais se tivermos em conta que algumas servem para consumo de populações. No entanto, apesar de todos os malefícios que esta situação pode trazer para o meio ambiente e para os seres humanos, existe uma parte menos negativa que é o facto de muitas pessoas utilizarem estas "águas ácidas" para curar ferimentos. Nas minas, a paisagem é avassaladora. A terra é vermelha, ocre do cobre, amarelo do enxofre. Devido aos xistos argilosos e rocha fortemente coloridos, a terra ora é ocre, ora é de um vermelho sangue ou branco alvo. Aqui, a natureza oferece-nos um cenário que chega a ser estranho e avassalador. Existem vestígios de edifícios, pontes, linhas-férreas que agora estão em ruínas. A vegetação é escassa tal como a fauna, embora se possa avistar algumas cegonhas brancas nas chaminés das minas. Apesar disto, estamos perante uma paisagem que prende o olhar de quem lá vai. A paisagem fascina, sentimo-nos pequenos perante a imponência do que ali se passou – é como um sentimento de Sublime Kantiano. Quando se segue viagem a pé ou de bicicleta, pela linha do caminho-de-ferro, que foi a primeira em Portugal, vamos encontrar o Pomarão, uma aldeia, com cerca de 30 habitantes, que fora em tempos um porto fluvial de grande importância, quando do Guadiana partiram barcos carregados de minério. Agora está transformado em cais de pequenos veleiros. Graças a um trabalho de recuperação levado a cabo pela Câmara de Mértola e pelo Parque Natural do Vale do Guadiana, a Mina de São Domingos está em vias de se transformar num importante pólo museológico de arqueologia industrial."


Encanta-me a história, o progresso de outrora, a importância e o pioneirismo do passado desta terra. Só conhecia de nome até vir laborar para o concelho e “perdi-me” de amores pela sua sumptuosidade. A Mina de São Domingos é terra que transpira um passado riquíssimo, com valor muito para além do do minério e encanta locais e forasteiros por ser diferente. Tornei-me fã incondicional… Quero “beber” mais do pretérito e presente da Mina de São Domingos.

P

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

A Inconstância no Amor

"Não pretendo justificar aqui a inconstância em geral, e menos ainda a que vem só da ligeireza; mas não é justo imputar-lhe todas as transformações do amor. Há um encanto e uma vivacidade iniciais no amor que passa insensivelmente, como os frutos; não é culpa de ninguém, é culpa exclusiva do tempo. No início, a figura é agradável, os sentimentos relacionam-se, procuramos a doçura e o prazer, queremos agradar porque nos agradam, e tentamos demonstrar que sabemos atribuir um valor infinito àquilo que amamos; mas, com o passar do tempo, deixamos de sentir o que pensávamos sentir ainda, o fogo desaparece, o prazer da novidade apaga-se, a beleza, que desempenha um papel tão importante no amor, diminui ou deixa de provocar a mesma impressão; a designação de amor permanece, mas já não se trata das mesmas pessoas nem dos mesmos sentimentos; mantêm-se os compromissos por honra, por hábito e por não termos a certeza da nossa própria mudança.
Que pessoas teriam começado a amar-se, se se vissem como se vêem passados uns anos? E que pessoas se poderiam separar se voltassem a ver-se como se viram a primeira vez? O orgulho, que é quase sempre senhor dos nossos gostos, e que nunca está saciado, sentir-se-ia infinitamente lisonjeado por um novo prazer; a constância perderia o seu mérito: deixaria de fazer parte de uma ligação tão agradável, os favores actuais teriam o sabor dos primeiros favores e as recordações não fariam a menor diferença; a inconstância seria desconhecida e as pessoas amar-se-iam sempre com o mesmo prazer, porque teriam sempre os mesmos motivos para se amarem."

Por "La Rochefoucauld"

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Da-me um abraço...

Um dia, o que contaremos aos netos serão narrações de sorrisos e felicidade. O que perdura? São os bons momentos, e esses brotaram como erva em campo fértil no meu Minho.

Tirei te o chão? A mim já me havias tirado há algum tempo... sentia me assentar os meus pés no vazio e quando encontrava alguma firmeza, não era mais do que terreno pantanoso.
Se algo te tivesse doído, tinhas proferido nem que fosse uma só palavra... o silêncio consumiu-me... o silêncio consumiu-te... fica o abraço, a tua indiferença e o quanto te puxei para mim.

Tem uma boa vida de futilidade!

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Amo-TE

Amo-te! Não sei bem exprimir porque sim nem porque não. Mas sei, sinto que te amo. Gosto de ti porque gosto de ti… Amo-te e não o sei decifrar. Gosto de ti pelo aconchego que me dás quando me enlaças. Gosto de ti quando chove ou quando o sol brilha. Gosto de ti quando estás próxima de mim, mas também gosto de ti quando estás longe… e como custa estares longe. Amo-te porque dás cor à minha vida, porque me reavivas e me rejuvenesces, porque sinto que me amas, mesmo que por vezes te ocultes. Gosto da forma como sorris. Gosto do brilho da lua nos teus olhos, gosto de acordar contigo e ver-te adormecer a meu lado. Gosto que adormeças no meu peito. Adoro andar contigo de mão dada. Gosto do teu beijo e gosto de te beijar. Amo-te por seres complemento do meu eu e pela inquietude que me levantas. Gosto de ti pelos limites que me crias e pelas barreiras que arruínas. Amo-te porque vejo quando estou contigo que me amas e quando não estou te revolta não me ter. Adoro saber que há tantos motivos para te amar… receio sentir-te escorregar de mim.
Amo-te… porque te amo!

P

terça-feira, 3 de agosto de 2010

Desa(bafo)

Hoje, prontamente no primórdio do meu dia senti um bafejo benéfico que me alcançou na fronte… recebo a manifestação que me arranca o sorriso e me deixa a tremular: amo-te!
Tão lesta alegria propiciou-me um sereno, sadio, feliz e bem disposto dia.
É ininteligível saber-se que esse devia ser o sentimento perdurante e válido na cachola de quem ama verdadeiramente outra pessoa, não obstante da ficção engendrada pelo ciúme, pela distância ou pelo devaneio. Então porque não nos centramos no nobre sentimento e escaqueiramos com toda a fantasia deste, daquele ou doutro momento inócuo?
Essa alegria no início do meu dia, fez me acreditar em viajar, fez-me imaginar a paternidade, fez-me ver que nada é melhor que estar contactável! Essa sensação de dar e receber notável sentimento, deveria dar-nos força para suprimir barreiras e não para as elevarmos.
Amo-te hoje mais que ontem e certamente menos que amanhã… Isso é significativo que és a minha centralidade não obsessiva mas saudável, que és meu rumo não meu labirinto, que és minha escolha e não imposição… que és o meu tesouro e para o perpetuar não irei abdicar de uma mísera parte que seja!
Tenho dito

P

domingo, 11 de julho de 2010

Compatibilidade

Somos compatíveis porque somos parecidos o suficiente, somos diferentes na dose certa, gostamos das mesmas coisas na proporção correcta e queremos coisas diferentes na quantidade exacta!

P

segunda-feira, 7 de junho de 2010

sempre como eu...

Engraçado como a vida se encarrega de tramar ininterruptamente quando estou bem! Consciência tranquila pois ilusório nunca fui nem serei. Continuo fiel ao meu rumo, esperando uma palavra.

P

segunda-feira, 31 de maio de 2010

Desejo de uma vontade incessante de ser

Hoje rabisco ao amor,
Redijo a uma aguarela de cor,
Retrato os teus sonhos dia-a-dia,
Pinto nas linhas uma prosa luzidia.
Para que nem o chão perca dos pés,
Retrato-te na mente tal como és,
Gravo a prazer desmesurado teu rosto,
Criatura, és sol que mais do que gosto.
Pessoa encanto que me engrandece,
Existe, invadiu, perdura e acontece,
De particularidades apinhada e imensa,
Aperta me a alma e coração condensa.
De mil delitos e equívocos meus,
Minha inocuidade atesta-a Deus,
Teu arrojo ténue, em parte cedo bem esvazia,
Ansiava que fosses o meu outro eu um dia.

P

terça-feira, 25 de maio de 2010

Resoluções

Inexplicavelmente, somos confrontados com tomada de decisões que nos condicionam toda a vida. Esse percurso tortuoso numa qualquer vereda de terra batida do Gerês ou de um rápido do Douro nascente a que intitulamos de existência, faz se de vivências e veracidades que nem sempre o passar dos anos nos concede apetência de clarividência.
Será o ser humano capaz de discernir entre a melhor escolha? Será capaz de convenientemente optar pelo bem ou pelo mal? Deixar-se decidir entre o anjo ou o diabo? A direita ou a esquerda? Entre o sul e o norte? O beijar ou ser beijado?
Como qualquer decisão tomada, as sequelas far-se-ão sentir num futuro pegado, quer positivamente, quer negativamente.
Usualmente digo que mais vale arrependermo-nos de algo que fizemos do que de algo que não fizemos. Ao deixar falecer a oportunidade de algo, permanecerá a interrogação de como teria sido! Até provar o mais suculento e carnudo fruto, não poderemos dizer que gostamos ou não.
Sucumbiremos então à desenfreada instigação de dizer sim à partida? Não acho que seja a melhor forma de conduzir o meu rumo… mas deixar passar a ensejo de ver mais um nascer do sol ou sentir mais uma vez o cheiro da terra molhada causa-nos um oco intransponível que nos impinge barreiras entre o presente e o dia de amanhã.
Não estou com contemplações em relação ao meu futuro. As minhas deliberações são arrebatadas e reflexo de uma racionalidade que me consumiu a emoção. Sinto-me capaz de optar na encruzilhada pelo que é melhor para mim, mesmo que não seja o melhor para os outros. Disposto a moldar me aos que de mim dependem? Sempre estive… resta saber se serei aceite não como sou, mas como poderei vir a ser.
Não será um qualquer óbice que me fará demover do meu intento… continuarei a lutar rendido à emoção do meu ser racional e ao contrário do que seria esperado, não tombarei esperando que o tempo cure as chagas na minha pele. Continuarei firme ás minha certezas e nenhuma tomada de decisão me dissuadirá alcançar o cume do Evereste… posso não chegar lá, mas todos os dias me vou esforçar para atingir o meu intento!
Não desisto de ser feliz.
Tenho dito.

P

quinta-feira, 20 de maio de 2010

Virtuoso

Dizia que mesmo os mais virtuosos sucumbem a um ímpeto e vincado controlo sobre uma tentação! Será legítimo assegurar tal realidade quando os nossos dias nos deparamos com surpresas constantes? Quisera eu pôr-me a adivinhar que já nada me surpreenderia, quando sou brindado com mais um ano de vida. Novidade? Nem por isso. Sabia que por meados do quinto mês minha divina e valiosíssima progenitora havia brotado ao mundo tão delicada criatura. Então o que há de novo? Somente o livro por escrever, apinhado de páginas em lácteo branco que imaginei anteriormente estarem escritas com a mais rematada caligrafia. Pois é, a minha vida não está predestinada e dia-a-dia me deparo com risos e chacota, palmadinhas e mal dizer, ignorância e benquerença. Mais um ano e os outros, com todo o desdém que me apraz, que não me enxergam, persistem em proferir comentários sobre mim e a endrominar sobre quem eu sou. Fará sentido perder o meu tempo com vis personagens, quando os raios de sol impregnam Mértola e me fazem sorrir? Hoje, vejo claramente o ziguezaguear do Guadiana e entendo a curva do rio na terra onde torra o calor. Hoje sinto-me cálido no aroma de um azul suave, na pronuncia segura igual ao de um cantar alentejano, no vai e vem de um zelo incessante em atingir um propósito. A tua companhia, Terra petiza, tem me tornado seguro sempre que por tuas calçadas vagueio contigo, quando o Castelo vejo serem os teus olhos, as ameias a menina dos olhos… teus olhos e o teu toque se declarar ser cada a noite que teu céu estrelado ampara meu sono. Extenuas como kriptonite, persuades-me como servo crente, alio-me a ti como fiel companheiro e agracio a forma como me colheste em teu mundo com a faculdade de bem saber receber. E como me recebes…
Crê fielmente em mim e não desiludirei tua história, teu passado, tuas amarguras e infortúnios, tuas conquistas e façanhas… terra Petiza, terra bem figurada… terra Menina!
Descerca te de controlo e condescende te a este meu sôfrego querer de actuar como parte de ti, não ser mais um, mas ser o que labora tuas planícies, irriga teu solo e metamorfoseia a terra do mel e medronho no mais flóreo jardim primaveril da província para Além do Tejo.

P

segunda-feira, 17 de maio de 2010

Virtuosismo

Mesmo os mais virtuosos sucumbem a um ímpeto e vincado controlo sobre uma tentação...

P

quinta-feira, 18 de março de 2010

Porque é que a vida é tão calculável, porra?!

Por mais anos que esta carcaça velha possa viver, a melhor das provas já aglutinou: até burro velho aprende. E para o actor que diz que “pa boi velho, erva tenra”, desenganem-se os encantados que tudo é maçãs (como bela adormecida) e beijo na princesa. Sei o que digo… Já matutaram na tontice de ser homem? Somos ludibriados pelo ser mais vil à face da terra, labutamos estupidamente para o dito ganha-pão, cometemos fortuitos deslizes e… somos sodomizados pela cinderela da fabula principesca! Que lindo que é ver o estudioso da Terra amargurado pela mais mirabolante história… melhor, pela mais macabra estória alguma vez retratada. Oh especiaria minha como almejo tua persuasão… oh delícia pura, como me encanta esse ser feminil. Porquê a busca incessante do despojado, quando nos preenchemos com a superabundância? Porquê a triste reza do acreditar quando o obvio nos remata as medidas? Porquê continuar à aguarda de alguém quando somos “The Lone Ranger”: until The End? Graças à imbecilidade dos meus mesquinhos trinta anos, continuo a acreditar no amor e na efervescência do intuição no meu corpo. Serei crente? Alado de mim mesmo? Fraca a expressão. Continuo e sentir-me incapaz de ser metade de alguém! Não almejo parte de mim mesmo… queria encontrar… só… a outra meação de mim. Essa que por entre a meia-luz do buliçoso oceano Pacífico me esvai ao ser de mim mesmo. Acabo com havia começado: Mértola vil terra de desterro que me impõe, nunca como agora, calcorrear as terras lusitanas revelou-se surpreendente. Onde jamais almejei encontrar a clarividência, descobri a lucidez plena do meu pensamento. É um facto, sou feliz. Nas margens do guadi Guadiana vi-me assentado e, como augurei, muito bem me integrei. Conheci figuras estupendas numa terra abençoada pelo calor e pela magnânime faculdade de bem receber. A selecção natural acha-se feita e rapidamente descobri os meus pares, não só pela afinidade da naturalidade como também pelos interesses correspondentes. Agora, entre tantos e tão poucos aprimorei meu pensamento que nunca se desapegou da perspicuidade! De olhos bem ilimitados, braços bem vastos recebo agora minha novel terra como se somente agora houvesse enxergar. De agora em diante, atento, me levarei pela terra que rima com calor e que transpira o sul!

P

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Férias nem sempre são só férias.

Deus quer, o homem sonha, a obra nasce!



O núcleo duro de Geo propõem-se passar belos e merecidos dias de ócio na ilha descoberta por Tristão Vaz Teixeira e João Gonçalves Zarco em 1419. Viagem adquirida nos autocarros da carreira do ar, contactos de alojamento e mobilidade estabelecidos e eis que chega o dia 3 de Agosto.
Bem cedo, e pela fresca como se espera, o grupo agrega-se (ou parte dele) na estação da Batalha a fim de seguir para terra de mouros de expresso.
Entre gargalhadas e a Playboy, o “Camarada” Aires arranja um excelente companheiro de viagem, o Paulino surge com um arremedo quase perfeito do Doçuras e a tenda de campismo de um qualquer veículo fica abandonada no meio da auto-estrada. Percalço passado, ficamos todos a saber que as mulheres têm uma borboletinha e Lisboa fica mesmo no cú de Judas.
Chegados a “Sete Rios” começamos a ser surripiados… não por um qualquer arrastão, mas por um custo de €3,5 pelo Aerobus – roubo!
Um almoço mal servido pago a peso de platina e o check-in feito. Tomem lá, ficam com prioridade A que é pa não serem diferentes da desgraçada gripe.
Entre baptismos de voo e mais um companheiro de viagem, que heterossexualmente não inspirava muita confiança, mesmo dizendo ir fazer a pazes com a ex amante.
Placa com Sr. Paulino e a primeira risada madeirense: afinal havia carros de aluguer.
Apetrechados de Clios e Táxi, chegamos a casa… desculpem, ao nosso palácio! Mas que bem que os meninos se hospedaram. Mas por favor, luz é que não!
Saídos para jantar e guiados pela Catarina, irmão e Pedro, fomos ao Restaurante Santo António no Estreito da Câmara de Lobos. Iguarias como Espetada, milho e bolo do Caco com manteiga de alho, regadas pela excelente sangria, proporcionaram aos meninos um bom repasto!
De seguida, Lido. No Nº2 afundamos as goelas na Poncha de Maracujá e Tradicional, porque a garganta tinha de estar no ponto para se cantar o Bailinho da Madeira:
“Eu venho de lá tão longe
Eu venho de lá tão longe
Venho sempre à beira-mar
Venho sempre à beira-mar
Trago aqui estas couvinhas.
Trago aqui estas couvinhas.
Pr’á manha o seu jantar.
Pr’á manha o seu jantar.
Deixa passar esta linda brincadeira
Qu’a gente vamos bailar
Pr’á gentinha da madeira
Deixa passar esta linda brincadeira
Qu’a gente vamos bailar
Pr’á gentinha da madeira
E a Madeira é um jardim.
E a Madeira é um Jardim.
No mundo não há igual.
No mundo não há igual.
Seu encanto não tem fim.
Seu encanto não tem fim.
A filha de Portugal.
A filha de Portugal.
Deixa passar esta linda brincadeira
Qu’a gente vamos bailar
Pr’á gentinha da madeira
Deixa passar esta linda brincadeira
Qu’a gente vamos bailar
Pr’á gentinha da madeira”
Depois já se sabe… tudo a olhar de lado e os meninos a fazer a festa. É a vida!Nanar e dia seguinte alvorada…
Saímos cedo de casa e directos para o teleférico da Madeira, desfrutamos de uma panorâmica aérea sobre a cidade do Funchal. Posso dizer que, à excepção do Ricardo, todos adoramos a vista. Chegados ao topo, depois do Aires ter adquirido o DVD promocional da Ilha que até agora ninguém sabe se contém alguma coisa, foto de grupo: Sílvia, Filipe, Rita, Luís, Isabel, Aires, Catarina, Liliana, Martinha, Ricardo e Paulino aproveitam para perpetuar o momento… e que lindos ficaram os meninos.
Seguindo para os famosos cestos de vimes que assentam em barras de madeira, deparamos com a Igreja da nossa Senhora do Monte. Mais umas fotografias e vamos à aventura. Negoceia-se o preço e… nada! Como se diz: menina bonita não paga, mas também não anda. Pagamos o que foi pedido e mais nada. Confesso, estávamos à espera de mais. Afinal os carros não atingem a velocidade esperada, mas valeu pela experiencia e pelo que vinha a seguir.
Parou-se em todos os tascos bebendo uma, duas ou mais ponchas… ou o que nos dessem. Conhecemos a fresca Bisavó Sara (acho eu), a Cátia de Setúbal (que é abstémica e treme muito por causa dos medicamentos) e o grande, enorme, gigantesco Zé Zé (que de abstémico não tem nada), provavelmente a pessoa mais conhecida da Madeira logo depois o Tio Albert John Garden e do SÁ. “Cristiano Ronaldo father talk to me… como eu tou a falar contigo.”
Depois de tanto beber e chegar finalmente ao centro da cidade (mais uma poncha noutro boteco po caminho) espalhamos magia na Santa Catarina do Funchal. Era ver aquela gente habituada a brandos costumes fugir a sete pés dos cânticos e reboliço dos afamados Geógrafos e das bem integradas caras metade. Compra-se a banana e fala-se do tio Garden com toda a gente. Lindo, o tipo é o maior e eu concordo!
Com os copos almoça-se onde? MacDonalds! Sim, existe na Madeira!
Gracioso é que, durante a viagem para Porto Moniz a fim de desfrutar as Piscinas Naturais, o Filipe diz que pela primeira vez na vida, depois de almoçar no Mac arrotou a poncha… porque será?
Chegados à vila de Porto Moniz, fomos directos para as piscinas naturais – sem dúvida o seu maior atractivo! Formadas a partir de rochas vulcânicas, estas piscinas são enchidas pelas marés logo não tem despesa. Pergunto, porque se paga €1,5? De qualquer forma foi óptimo tomar banhos de mar sem ter areia enfiada nos calções e nos… calções também. Bendito seja o cimento. No regresso, cabo Girão pá foto de família.
Jantar, concerto no chuveiro do Aires com abertura de pista da Isabel e do Ricardo, conhecemos a Mónica e à Terça-feira não se sai no Funchal: amigos, para beber vamos pa casa que fica mais barato.
No dia seguinte encontramo-nos com a que viria a ser a nossa guia oficial...
Primeiro: Ponta do Garajau, freguesia do Caniço para ver o Cristo Rei. Única vantagem? Do outro lado não se vê Lisboa. De seguida Ponta de São Lourenço, extremo Este da Ilha -"Aquilo é um parque Eólico! - Quê? Duas? Até em minha casa tenho mais Abentuinhas!".
“Quero Peixe Espada preto com banana” dizia a Catarina e o seu desejo foi satisfeito: almocinho no Caniçal à beira mar (complicado arranjar mar na Madeira).
Logo depois, noutra ponta, Serra d’Água… poncha do melhor que se bebe na Madeira. Num local ermo, a única habitação é um tasco que serve do que de melhor há no arquipélago: que mais um homem pode querer?
Para não perder o ritmo, direcção Câmara de Lobos. Perguntam-se, o que foram lá fazer? Beber, beber, beber… Poncha, “La Negra”, Nikita e nem sei que mais. Estes tipos na Madeira tratam-se mesmo bem… posso dizer que é um pequeno paraíso para um qualquer Paulino.
Vamos comprar fêveras pós panados e de seguida vamos à Eira do Serrado. O caminho pode ser retratado com um: sobre sobe balão, sobe. - Era subir sem parar! A meio, paragem pás ginjas e o nevoeiro começava a antever que não vamos fazer nada lá cima. Ok, ok, um concerto em dó maior do bailinho interpretado pela Catarina, Liliana, Martinha e Sílvia… só visto. Souvenirs e muitos caralhinhos pá família.
Casa, panados com arroz de feijão da Sílvia e toca a fazer sacos: amanhã seguimos no Lobo-marinho pa Porto Santo. Logística toda acertada e pasmem-se, a directa espera-nos! Saída para a discoteca do Casino – Copacabana – com noite Rock e bebidas a metade do preço. A loucura! Luís, Rita, Aires e Isabel seguem pa casa, os restantes (la piece de'la resistance) seguem para o Molhe acompanhados da Mónica que entretanto decidiu seguir caminho para o Porto Santo com os meninos. Muito álcool, coreografias, dança, e logo ali ao lado o Porto. As 7h prontíssimos e de directa pa seguir. Primeiro contratempo e o Ricardo quase fica em terra com a “pequena” Mónica. Viagem normal pa quem não dormiu… e a excelente companhia da mini, do Luís e do Filipe. Vislumbram-se por segundo os golfinhos e uma hora depois chegamos. Carros alugados, vamos nós para a casa da Serra: o turismo habitação no seu estado mais natural!
Malas descarregadas, teias de aranha limpas, louça extremamente suja descoberta, lençóis por passar: que felicidade. Seguimos para almoçar e depois praia. Entretanto e graças à Catarina Madeirense, lá se arranjou um cantinho 500 vezes melhor e a 300 metros da praia… ah, mais barato 200 euros. Loucura!
O Gang Bang arma o esquema, segue à dita casa da Serra, passa pelo segurança Alberto (acho) usa a técnica de sombra para não ser visto pelos vizinhos e limpa as malas de lá enquanto o diabo esfrega um olho. A Isabel, o Luís, o Filipe e o Paulino portaram-se como profissionais. O meu conselho é para ponderarem em desenvolver a actividade futuramente.
Mudanças feitas e daqui em diante foi o que se esperava para Porto Santo: praia e noite. Água super agradável, temperatura do ar constante e alta. Em casa já se sabe: tarefas divididas, comida sempre de alta qualidade, sangria ou caipiroska… Txi…
Docas, pé na água, poncha, whisky, caipirinha ou oska e cerveja… eram palavras obrigatórias à noite.
Sábado não houve festa da espuma no beach party, mas houve uma enorme tromba de água… terminou-se a noite cedo e partimos no dia seguinte. No barco procurava-se a RTP1… o FCP não espera, encomendava-se uma pizza muito boa feita por um ginecologista. No Funchal, o João (irmão da Catarina) transportou as malas até ao hotel. Arrumar malas (a recepção bem protegida pelo Deus Baco) e o ultimo passeio nocturno pelo Funchal. Dia seguinte a manha designada à compra dos souvenirs, almoço com direito a vista sobre a barata de patitas pó ar: “Que quer que lhe faça menina?”, a viagem no autocarro da carreira até ao aeroporto por lugares nunca antes descobertos e à chegada: “Voo com Atraso”. Atraso??? Azar… segue-se na mesma e vão mais uns souvenirs de aeroporto. A bela da T-Shirt das vaquinhas madeirenses do Filipe e quando passamos no controle: Piiiiiiiiiiiiiiiiii! A Liliana traz metais a mais. Será do aparelho? Catarina, um frasco de compota pá mamã com mais de 100ml? Tem de ficar… “Ó senhora, isso tá limpinho. Pode levar pa casa e coma, não deite fora que é pecado”.
Ups, vamos perder o comboio ou o expresso! Nah… mais de uma hora de atraso foi óptimo, ainda deu pa comer um preguinho em Bolo de Caco, não foi Liliana?
Não bastava grande reboliço e animada leitura da estirpe das melhores receitas madeirenses em alemão pela voz alta, loira e espadaúda Liliana, quando o pequeno grupo se depara com a olvidada mala em plena fila da prioridade “B”. Humberto o proprietário. Após sonoras solicitações da designada pessoa pelo já afamado grupo, o indivíduo (provavelmente retido numa qualquer casa de banho devido a uma disenteria) não se acusa! Aí, solicita-se o apoio do menino da EasyJet que prontamente… nada faz. O aspecto sinistro e intrigavel da dita mala, torna-se na comédia de duas horas de espera. “Ó Humberto, ou apareces ou roubamos-te a roupa!”. Hilariante… só ao nível dos mais afamados representantes do Stand-Up Comedy. Entre sacos do lixo pretos e chalaças à origem do sujeito, o dito fez-se predicado e, ao género de Hollywood aparece como se dissesse, tá tudo controlado. Os meus amigos estão aí… ou não. Entre o quente e o frio, Coimbra fica logo ali ao lado de Portalegre.
Melhor mesmo é dizer-se que além de multifacetados, os Geógrafos tem a capacidade da multiplicação populacional.
Então e o retardamento? Horas depois lá entramos no requintado transportador aéreo. Mais uma vez, sem perceber puto do que dizia o Comandante lá fomos nós a caminho de Lisboa… Indo eu, indo eu… em atraso.
Viagem de avião e chegada a Lisboa. Mísera cidade que nem uma carrinha de 9 lugares as rent-a-car tem. A Catarina seguiu pós Algarves, o Luís e a Rita para o Alentejo. Os restantes? Aerobus, onde o Paulo Pires (o actor) mostrou ser um grande nojento, e deu-se a chegada a 7 Rios. Expresso pa todos, Cachorros e Hambúrgueres de roulotte também… a típica “até a barraca abana”. Mais uma vez, graças à gigantesca capacidade da multiplicação ou dos contactos do Ricardo, apanhamos na estação mais uma: a Rita da Lixa que tal como nós tinha feito uma viagem interminável de avião… Indonésia. Quase o mesmo que vir da Madeira.
Partida às 0h15…. Ou não. Saímos já passava da 1h. Lugares a menos é igual a gente a mais. As nossas malas num autocarro e nós seguimos noutro. Porto para a Martinha, Liliana, Aires, Isabel e Ricardo. Famalicão para a Sílvia e Filipe. Braga para o Paulino.

Terminou… tenho saudades!

Mais havia para contar, mas nem todos os momentos foram vividos com o estado de sobriedade exigido. Algumas histórias lembro, mas prefiro não contar, outras não lembro e prefiro não lembrar.
Provavelmente, passei uma das semanas mais agradáveis da minha vida. A convivência foi perfeita e eu sinto-me com vontade de repetir. A todos o meu muito obrigado por me terem proporcionado esta semana fantástica…
Desde que o façamos juntos, eu organizo as coisas no próximo ano!
Beijinhos, abraços, muitos palhaços e uma amizade cheia de poncha
P

quarta-feira, 29 de julho de 2009

Ao que virá

Doravante vou ser diferente. Decidi-me pela emancipação e já estou a sofrer as sequelas disso, logo, vou ser diferente.

Sinto me responsável, agora não só por mim, mas também pelo pecúlio deixado como legado.

Agora sou possessor! Doravante vou ser diferente.

Claro que brinco com a conjuntura, não será um pertence que irá condicionar o meu rumo, o meu trajecto. Concorri… todo o país e ilhas. E agora? De certeza mudo mais uma vez, qual povo nómada à procura do terreno fértil ou da caça à manada.

Uma constante.

Se bem que, pressinto bons ventos, nada será fácil e o mais distante pode tornar-se o mais próximo.

Conhecerei novas pessoas, nos terrenos, novos horizontes, mas estou certo que me fará crescer… quase como se abeirasse os 2 metros!

Comprometo-me ser mais responsável, prometimento que faço a mim mesmo. Quero ser banal… o mais banal possível e assim, não ser mais um, mas ser um capaz de controlar convenientemente o meu destino a várias ordens. Se calhar, ou por certo, é o que me tem faltado!

O comprometimento está feito. Futuramente escreverei que sim consegui.

P

domingo, 17 de maio de 2009

2 pequeninas semaninhas

Terminou quase imaculadamente o meu périplo pelas queimas das minhas mui nobres cidades do Porto e Braga. Correctamente, e como alguém faz questão de corrigir, queima e enterro respectivamente.

Nada de atestados, consegui passar sete noitinhas mágicas entre a antiga feira popular do Porto e a entrada do Estádio Municipal de Braga. A magia foi de tal ordem que, por vezes, consegui fazer desaparecer da minha lembrança, algumas horas das vividas nestes espaços carregados de boa disposição e uma mescla de odor a álcool e urina. Belo cenário!

2 de Maio de 2009, sábado, vai ser sempre “O Sábado”. Jantar da velha guarda, a nata, “crème de la crème” que, entre vinho, bagaço, whisky, alguma comida e Coca-Cola para o Coca-Colas, os meninos invadem o “Ponto G” com os actos mais primazes de bem saber estar e gigante capacidade de espalhar magia. A noite do Açores, a noite dos estalos de Messieur “Le Blitz”, a noite dourada dos cabelos da loira, a noite das calças pra baixo de alguém magnânime, resumindo, a noite das noites. Pura diversão loucura e folia, a inveja dos carnavalescos brasileiros, a redução da combatividade dos mais ferozes guerreiros na mais sangrenta batalha e a maior expoente liberdade que um qualquer 25 de Abril. Queima é queima, tão evidente como “estar vivo ser o contrário de estar morto”.

O resto, já se sabe… 3 de Maio de 2009, a noite da cerveja! Provavelmente, em 11 anos a noite que mais recorri a um qualquer urinol ou muro urinavel. Calmo, pacífico, tranquilo, com ida de autocarro até aos aliados para apanhar táxi pa casa: “em 11 anos é sempre a mesma coisa, na hora H vão sempre pra casa.”

5 de Maio de 2009, cortejo supremo, Geografia ao seu nível e a tradição da “Flor de Bragança” cumpriu-se e o cortejo invertido. Noite das reticências. Tudo quanto me disserem… eu acredito.

8 de Maio de 2009, cheira a final… a vontade de aproveitar todos os momentos faz-me beber como se não houvesse amanhã. E não é que não havia mesmo? Olvidaram-se de abrir novo dia e eu permanecerei até ao 1º dia da queima de 2010 aprisionado aquele fantástico espaço, como paisagem aquela barraca azul e como centro do meu mundo aquela “piquena” botella de whisky. Entre prazeres momentâneos, biquinho de despedida e mais de meio curso a admirar a real façanha: à leão!
Para sempre presente até ser parte de ti, serei intemporal, passarão gerações e estarei lá… porque serei eternamente estudante louco e lúcido do auge de um qualquer ano civil: no primeiro fim-de-semana de Maio será sempre o início do encontro de mim comigo mesmo!

9 de Maio de 2009, Braga, Pedro Abrunhosa, enterro, lua cheia, “Lua, lua, eu quero ver o teu brilhar, lua…”, as lágrimas de quem nunca chora, o impossível torna-se concretizável… porque não? Afinal: “Loucas são as noites, que passo sem dormir”.
Com os primos, táxi, cachorro no fim e armado em arcebispo em Braga, termina a noite, faz-se domingo e tenho de ir almoçar a casa.

12 de Maio de 2009, as terças deixam-me com medo! O espírito “Fokia” invadiu-me e foi sair com o dia a raiar, os gratuitos autocarros, o panadinho na zona da UM e paragem na “Flor da Venezuela”… casa, amanha é dia de labuta.

15 de Maio de 2009, o término de 2009 entra na minha mente 2010, a minha passagem de ano. Bem regado, nem a bênção da pluviosidade acalmou a fera. A presença das gentes de Viana dá direito a beijinho de bombeira. Fogo? Só bem mais tarde, ficando a casinha a arder. Táxi, casa e o descanso do sobrevivente.
Fraquinho? Não, 30 anos não são 29… dói, aleija, fere, mas não mata! E como o que não mata nos torna mais fortes, após estas noites mágicas sou um qualquer Super-Homem, Hulk ou Atom Ant.
É um facto que os lapsos de memória acontecem, como é lógico, fruto do avançar da idade, mas perpetuam-se os momentos em que sou rei e “sinto me super homem, sinto me grande, sinto me dono do metro quadrado onde assento os meus pés, sinto me sobriamente bêbado, sinto me capaz de roer a corda e fazer acelerar o mundo.”

Hoje sinto-me outra pessoa, sinto-me melhor, sinto-me exacto, sinto-me adormentado, mas feliz. Saudoso desses momentos pândegos, hibernarei até 2010.

A todos, beijinhos, abraços, muitos palhaços e chocolate nas mamas…

Tenho dito.

P

quinta-feira, 23 de abril de 2009

Apurar os sentidos

Beijar de olhos fechados?
Simples... nunca se aperceberam que muitas vezes para apurar a audição cerramos os olhos? Lá está!

Não perceberam? Simples:
Haverá melhor do que ouvir o silêncio de um beijo? Haverá melhor do que partilhar um momento, silenciosamente, em que as almas se desprendem do corpo? Haverá melhor do que ouvir o respirar cortado do outro ou o ofegar repetido pela comoção? Ou então… se isto de beijar é o jogo dos sentidos, onde entra a visão? Sem ela, apuramos os restantes sentidos. Digam que não é bom apurar o tacto, o olfacto, a audição e o palato durante um beijo?

P

quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

Língua Portuguesa difícil!?

Não digam mais que a língua Portuguesa é complicada...
Don't say again that Portuguese language is complicated...

(ler em voz alta)
(read it loud)

Três bruxas olham para três relógios Swatch. Qual bruxa olha para qual relógio Swatch?

Agora em inglês / Now in English:

Three witches watch three Swatch watches. Which witch watch which Swatch watch?

Foi fácil?... Então agora para os especialistas.
Easy?... Then now only for experts.

Três bruxas suecas e transexuais olham para os botões de três relógios Swatch suíços. Qual bruxa sueca transexual olha para qual botão de qual relógio Swatch suíço?

Agora em inglês / Now in English:

Three Swedish switched witches watch three Swiss Swatch watch switches. Which Swedish switched witch watch which Swiss Swatch watch witch?

Então?... O português é assim tão difícil?...


P

segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

E se houver amanhã?

Sinto que começa agora uma nova vida. Boa ou má? Melhor ou pior? Não sei.
Não estou feliz nem triste… sinto só um vazio. Seria expectável? Alguém o pressagiou?

Prefiro pensar que acordei de um lindo sonho. Vivia no limbo e, agora, transformei essa fantasia na vida real.

Prometo ser forte… “coragem de leão”!

Até agora fui feliz... Colmatando esse vazio comigo mesmo, quem sabe não me faz continuar a sê-lo. Posso? Quem sabe… se tentar ser feliz hoje… não há um amanhã? E se houver… quero continuar a ser feliz.
P

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

Seca

Hoje levava te a ver as estrelas
Com céu limpo víamos o mar
E, num passe de magia...
Fazia te tocar a lua
Se me calo…
Não digo que sou flor que murchou
Sou videira podada à espera da primavera.

Serei chão á espera de adubo?

P

sábado, 26 de julho de 2008

Revelação... tardia

Acho que hoje nasceu um novo dia. Viva o ar, viva a água! Penso que se fez luz, na maior luz luzidia…

Finamente entre encantos e afins, escreve o triste parvo suas letras… não esqueço a mãe que escolhi, ela sabe, para ela o canto guardado mas não escondido.

P

A ti pérola... como sempre!

Oh pérola minha com tantos encantos teus!
Nunca viste em teus olhos os olhos meus?

Encosto que resguarda esperança minha e tua.
Em teus ombros me protejo com esperança que perpetua.

Rasgo de lucidez me calhou certa bela noite
Eu em travos de acre, com luz meu sorriso afoite.

Escama pura e luzidia, de prata cintilante se compôs,
Em calma o ar transporta, teu amor recebo luz cor.

Se explicito posso ser em sonhos, as palavras levam o vento,
Contigo durmo noite e dia amor, como é forte nobre sentimento.

Se dúvidas ter ser carrega, não é mais do que a neblina alvorecida,
Acalentas o meu ego amor, sou enorme e singelo em tua vida.

Quando a manhã nasce em mim, meu pensamento em ti imortaliza
Que faria sem ti calor, se és tu que meu frio amortiza.

Entre a nascente e o foz corre o rio, nosso cais, calmo e límpido desagua,
Eu sou Terra tu és Lua, me iluminas na noite mais escura.

Tanto amor que em meu âmago percorre, como se de nascente brotasse,
Na fonte te bebo amor, como se teu eterno amor acabasse…

P

sexta-feira, 18 de julho de 2008

Olhos

Com meu olhar escrevo as letras que vês,
Enterro lamúrias e afundo-me em porquê.
Pasma minh alma pelos teus serem transparentes,
Olho nos teus olhos, diz-me o que sentes.
Qual castelo de baralho? Qual brilho magia?
Teus olhos me falam, raia o sol em meu dia.

P

Se fosse rosa

Os espinhos serão como beijos que cobrirão teu corpo com minha sede e meu desejo. Meu toque não seria mais do que seda de pétalas que arrepiam tua pele. Olhar intenso que toca tua alma e desvenda teus segredos e medos. Torno-me confidente, esteio que te sustenta… livro por escrever, palavra por dizer.

P

O doce queixar da sorte

Meu ser confuso desprovido de propósito
Calcorreia a calçada inconstante dia a dia
Subjugado ao que se diz ser a vida
Impelido a almejar uma suposta alegria.

Sorrio fingindo sorriso esfarrapado
Não transpareço tristeza vã minha
Oco, entranho meu amargo fado
Atraiçoando me com alegria que não se avizinha.

De que te lamentas venturosa criatura?
Se tua estrada é ampla e desobstruída
Lembra os infortúnios dos despojados de rumo
Tu tens a peça que completa o puzzle da vida.

Esqueço então minhas lamúrias e queixumes
Prostro me então ao sucesso na minha sina
O pejado desconforto é inexistente agora
Folgado até à hora que a vida termina.

P

quinta-feira, 10 de julho de 2008

Viagem da Mente

Enquanto os pássaros batem asas
Os trilhos se percorrem sem pegadas marcadas
Em direcção a mim calcorrear montes e penhascos
E não estou, onde procuras, não fujo mas não estou
Essas asas perturbam o silêncio que era,
Ruído se fez!
Coíbe ouvir a página que lês
Parte delas rasgadas, lançadas ao vento
Dão poesia à natura, dão literacia aos penedos
Cultivam mentes impenetráveis
Cede a inacessível forte
Corrompido, destruo me… será que resisto?
Não sustenho a dor
Desintegro me de mim mesmo
Escapo me de mim mesmo
Desmembro me de mim mesmo…
No entremeio apareces tu, guardada no âmago do espírito
Para perpetuar teu rosto, tatuo te na minha alma
Gravo te na minha pele
Cravo te na minha ossada
A te manter em mim… para que os pássaros batam as asas
Não voe eu a ti, tás presente.
Esses trilhos corridos são hoje conhecidos.
Não me perco, tenho te comigo.
Conheço esse caminho...
Voei sobre ele antes de te ter.

P

domingo, 6 de julho de 2008

Exames Nacionais

Tristeza... Presságio ou prenúncio. Eu vi! Sabia que este ano a avaliação nacional ia ser uma verdadeira fantochada. Exames quase dados, simples: só faltava mesmo as soluções na última página.

Se os putos não copiam, onde está a lógica dos exames nacionais?? Não seria suposto ser a avaliação das práticas correntes do decurso do ano lectivo ou do término de um ciclo? Lá está, vedar os meninos dos seus hábitos é como tirar uma flor do seu habitat natural.

Deixemos essa rigidez: façamos exames aos professores e aprovemos os alunos não por mérito académico mas por brilhantismo e genialidade.

Torturam os docentes com intermináveis horas de exame, sem poderem sentar, falar, comer... quase respirar. Senhoras não usam saltos altos nem decote, senhores não espreitam para os fios dentais saídos e espiga dotes das curvilíneas balofas formas das catraias.

Fim aos exames. Perca de tempo, dinheiro e sanidade mental de todos os intervenientes no processo ensino / aprendizagem.

Tenho dito...

P

segunda-feira, 16 de junho de 2008

hum....

Exames Nacionais de Secundário... tenho muito para dizer, mas vou esperar por quarta feira. Tenho a minha primeira vigilância.

Até breve

ok... Porto na champions

Fez justiça, escrevendo certo por linhas tortas

segunda-feira, 9 de junho de 2008

Pois, Porto fora da Champions: o que se segue?

Pois, o que se segue é um recurso! Brilhante conclusão, não?

"Ainda bem que isto aconteceu, deviam ser castigados por dois ou três anos" diz o mais pacóvio dos Mouros!

Não está em causa a legitimidade da penalização. Trata-se de coeficiente de pontos da UEFA... aí o Porto brilha. Sinceramente, por mais que me custe dize-lo, gostava de ver o Porto arredado das competições europeias única e exclusivamente para ver o brilharete que os restantes fazem nas provas do velho continente. Seria lindo! Mas para mal dos meus pecados e para bem da verdade judicial do desporto e do próprio futebol do país à beira mar plantado não acredito que tal barbárie aconteça.

Por mais que sejam fetiches vermelhos ver o FC Porto arredado dos palcos europeus ou despromovido de escalão nas competições nacionais, em detrimento de um glorificante 4º lugar e de uma participação previsivelmente frustrante nas provas da UEFA, afogam-se as tristezas e frustrações com o mal (injustamente induzido) dos outros.

Do mesmo modo como será regozijo ver o pequenino clube com mais adeptos do mundo remetido para o lugar que desportivamente conquistou, sem pressões e facciosos comunicados de dirigentes da FPF, será mais uma vitória... esta sem comemorações na alameda do Dragão (não se festeja o que se está conquistado por superioridade de natureza desportiva) contra a mesquinhez do clube podre da segunda circular.

A verdade virá ao de cima! Deixem se de fazer a justiça do eu queria que... e esperem pela decisão baseada na legislação desportiva, que não pode abrir precedentes de julgar actos com leis posteriores.

Aguardemos. Os campeões somos nós. Se alguém provar o contrário, eu calar-me-ei... Fica o repto.

Força Porto, força P.C., força portistas...Tenho dito.

P

quinta-feira, 5 de junho de 2008

A música que faz arrepiar

A minha solene homenagem à Invicta cidade do Porto, à Universidade do Porto, a Geografia, aos académicos e aos amigos...

“Sentes que um tempo acabou
Primavera de flor adormecida
Qualquer coisa que não volta, que voou
Que foi um triunfar na tua vida

E levas em ti guardado
O choro de uma balada
Recordações do passado
O bater da velha cabra

Capa negra de saudade
No momento da partida
Segredos desta cidade
Levo comigo p'ra vida

Capa negra de saudade
No momento da partida
Segredos desta cidade
Levo comigo p'ra vida

Sabes que o desenho do adeus
É fogo que nos queima devagar
E no lento cerrar dos olhos teus
Fica esperança de um dia aqui voltar

E levas em ti guardado
O choro de uma balada
Recordações do passado
O bater da velha cabra

Capa negra de saudade
No momento da partida
Segredos desta cidade
Levo comigo p'ra vida

Capa negra de saudade
No momento da partida
Segredos desta cidade
Levo comigo p'ra vida”

Alegria, hoje é dia de greve...

Hoje conclui: Adoro greves da Função Pública.
Não, não adiro apesar de ser funcionário público. Gosto é do facto de a esmagadora maioria dos auxiliares de acção educativa, comummente conhecidos como funcionários de escola, aderirem massivamente ao ícone máximo de protesto reivindicativo. Assim sendo, as escolas por não garantirem os serviços mínimos, encerram lamentavelmente para regozijo dos discentes mais propensos ao ócio.
O que acontece? Docentes cheios de vontade de trabalhar em início de Junho, desejosos de aturar pirralhos e adolescentes influenciados por uma primavera tardia, vêem-se obrigados a não leccionar assinando o mágico livro de ponto e ficando a cumprir o horário olhando para os cantos nunca antes descobertos na sala dos professores ou para o cartaz sindical afixado em 2003.
Bem, o que importa é que no mágico dia 23 chove por completo mesmo que se trabalhe menos um dia neste mês.
Vejamos, adianta estapafúrdia indignação? Aos aderentes é lhes subtraído a féria do dia, o governo esfrega as mãos pelos milhares de euros que nem saem dos cofres e o manifesto para a opinião pública passa por pouca vontade de trabalhar gozando assim um dia em casa ou num centro comercial próximo da área de residência (até porque não dá para ir muito longe porque o combustível está caro).
Façam-se greves como deve ser! No local de trabalho. Massifiquem a afluência ao sítio onde se desempenha a actividade profissional de modo a demonstrar as ínfimas condições de trabalho! Barriquem se nas casas de banho, entupam as secretárias e os corredores, algemem se ao gradeamento da entrada ou façam vigílias associadas a greves de fome (claro, com intervalos para o almoço e jantar).
Um bem-haja as greves nos moldes que o povo as concebe. Eu gosto, os alunos também e o staff governativo esfrega as mãos com um ligeiro aumento do seu orçamento.

Por tudo isto, tenho dito.

P

domingo, 11 de maio de 2008

Chiu, ninguém viu!

Já pensaram como são estúpidas as técnicas para fazer com que os putos não chorem quando caem? Verdade, não é? Quem nunca ouviu a celebre: "já passou, ninguém viu" enquanto a criança chora desalmadamente expelindo dos seus pequeninos e puros pulmões todo o ar que cabe em 4 botijas de oxigénio do Hospital de S. João do Porto? Eu já... e garanto que não percebo porque é que diminuem o sofrimento com um beijinho na perna esmurrada: já passou? Será que o beijo tem propriedades milagrosas ou curandeiras desconhecidas da ciência médica mais avançada? Ou então, o facto de "ninguém ter visto" ser meio caminho andado para que a fractura exposta do meu sobrinho lhe leve à dor de um arranhão de gatinho.
Os putos são uma coisa fantástica! Claro, depois de tantas vezes enganados, cansam-se e tornam-se verdadeiros mestres do crime.
Algo me diz que, Adolf Hitler em pequeno constantemente tropeçava e esfolava os joelhos (os calções de marinheiro protegiam muito pouco as rótulas) sua mãe, carinhosa e extremosa, beijava as ditas articulações dizendo: - Deixa Adolf, já passou, já passou! Ninguém viu...
Quando consciente do acto de ser ludibriado por sua mãe, tornou-se naquilo que todos sabemos!
Bem, se não foi assim, deve ter sido do género.

Acho bonito os actos de manifestação directa de amor e preocupação familiar, mas não enganem as crianças! A seguir à queima, eles são o melhor do mundo...

P

sábado, 10 de maio de 2008

9 de Maio de 2008

é incrivel como os anos passam e existem coisas que não mudam!
adoro o ambiente de queima... sinto me super homem, sinto me grande, sinto me dono do metro quadrado onde assento os meus pés, sinto me sobriamente bebado, sinto me capaz de roer a corda e fazer acelerar o mundo. porque é que não são quinze dias?

não me vou alongar muito mais até porque Deus Baco ainda me protege da minha última noite de reinado em 2008. queria so deixar por escrito que... sim, este ano não tive problemas com policia, não fui a tribunal e agradeço à Metro do Porto as horas de espera pelo dito transporte e os apertos e roços sofrido durante o percurso Casa da Música/Camara Municipal de Matosinhos. As minhas 3 noitinhas foram um cheirinho das 10 queimas vividas e do substancial alcool ingerido.

Sou de facto priveligiado por ter estudado no Porto e conhecer o MUNDO desta semana mágica. Enquanto as perninhas deixarem irei picar o ponto no "meu" PONTO G.

Porque eternamente serei estudante, a queima será sempre o encontro de mim comigo mesmo...

tenho dito...

P

terça-feira, 29 de abril de 2008

Zénite e Nadir

Para que se saiba:
O Zénite e Nadir são dois pontos que só dependem da posição do observador. São referências utilizadas na Cosmografia e, claro, de domínio e conhecimentos dos geógrafos. O nosso Zénite (nosso, portugueses no hemisfério norte) é perpendicular ao nosso horizonte, isto é, digamos que é como se estivéssemos deitados olhando o espaço: esse ponto infinito perpendicular á nossa posição é o dito lugar. Por oposto, o nosso Nadir ficará para aí na Nova Zelândia. E o Zénite deles coincidirá com o nosso Nadir! É mais uma situação engraçada de, o que para nós é uma coisa, para os que nos são opostos é exactamente o contrário.

Estes dois pontos servem como referência da Cosmografia... muito utilizada pelos nossos navegadores que eram fantásticos geógrafos.

Fiz-me entender? Aulas grátis... estou a ficar um mãos largas.

quarta-feira, 23 de abril de 2008

Reis do asfalto com os dias contados??

já viram o estado caótico que se encontram as estradas em Portugal? Claro, não admira que as mulheres conduzam mal, as estradas não ajudam! proponho carris! isso sim! quem nunca se imaginou em criança ser maquinista da C.P.?? Seria espectacular em vez do asfalto, termos trilhos por onde não nos conseguíamos desviar nem um milímetro.
Acabava se com as incursões à esquerda, pisando linha contínua e depois de manobra realizada...... o pisca da moda. tem toda a pertinência, acabei de sinalizar que há uns 15 segundos virei de sentido, pisando o traço continuo e passando o verde tinto! hum?? eu é que sinalizo...
Seria delicioso andar no meu veiculo sem ter de me desviar dos buracos (enormes ao ponto se se assemelharem a buracos negros espaciais), sentir-me montanha Russa ou até parecer que tenho em minhas mãos uma máquina vibratória!
Sim, viriam logo os "Velhos do Restelo" dizer que não haveria flexibilidade de trajectos, que estaríamos dependentes dos seguimentos das linhas, que obrigaria a grandes desvios... mas afinal, pergunto-me, não se diz que todos os caminhos não vão dar a Roma?
É preciso é ter calma... a gente chega lá! Não valia a pena poupar o desgaste dos nossos pneus, amortecedores, embraiagens, calços, direcção e caixa de velocidades?
Eu acho que sim!!

Depois de reflectir sobre um dos maiores flagelos da sociedade portuguesa, retiro-me para corrigir uns 30 testes de Secundário sobre a Variabilidade da Radiação Solar em Portugal Continental e Insular... coisas sem interesse!

Tenho dito...

segunda-feira, 31 de março de 2008

Não está mal

Achei que merecia...

"Quisiera ser el dueño,
del pacto de tu boca
quisiera ser el verbo al que no invitas
a la fiesta de tu voz
Te has preguntado alguna vez,
di la verdad,
si siente el viento
debajo de tu ropa
cuando te bañas en el mar desnuda
Quien te acaricia el cuerpo
en la fiesta de tu piel
se sentirán la sal, las olas,
sentirá la arena, me da pena.

quisiera ser el aire
que escapa de tu risa
quisiera ser la sal
para escocerte en tus heridas
quisiera ser la sangre
que envuelves con tu vida
quisiera ser el sueño
que jamás compartirías,
el jardín de tu alegría
de la fiesta de tu piel
son de esos besos que ni frío, ni calor...;
pero sí son de tu boca
también los quiero yo.

quisiera ser sincero,
apuesto a que te pierdo
en esta frase sólo pido tu perdón
por qué no escribo algo mejor,
ay yo no sé.
me has preguntado alguna vez,
por preguntar, que es lo que quiero,
por qué motivo he dibujado el aire
que jugaba a ser silencio
si en realidad te entiendo
o sólo nos queremos

y si a la noche como a mí le duele,
tanto desear de lejos
se sentirán la sal, las olas,
sentirá la arena, me da pena.

quisiera ser el aire
que escapa de tu risa
quisiera ser la sal
para escocerte en tus heridas
quisiera ser la sangre
que envuelves con tu vida
quisiera ser el sueño
que jamás compartirías,
el jardín de tu alegría
de la fiesta de tu piel

son de esos besos que ni frío, ni calor...;
pero sí son de tu boca
también los quiero yo.

quisiera ser el aire
que escapa de tu risa
quisiera ser la sal
para escocerte en tus heridas
quisiera ser la sangre
que envuelves con tu vida
quisiera ser el sueño
que jamás compartirías,
el jardín de tu alegría
de la fiesta de tu piel

quisiera ser el aire
que escapa de tu risa
quisiera ser la sal
para escocerte en tus heridas
quisiera ser la sangre
que envuelves con tu vida
quisiera ser el sueño
que jamás compartirías,
el jardín de tu alegría
de la fiesta de tu piel"

terça-feira, 25 de março de 2008

suavidade

hum...
derreter me em ti
ser capaz de, como líquido, percorrer as curvas do teu corpo.
ser integralmente teu…
e depois de teres possuido meu pensamento,
tocar te ao de leve
e fazer magia por entre a brisa de uma tarde em por do sol.

gritos de uma estridente grafonola
que por entre os silvados aclama auxilio
meu sentimento errante perde sentido
e eu sou em ti grande parte de mim
e derreto me

qual azeite desprendido de composto
sou água corrente em ti
somos mistura, somos textura
sou água corrente em ti
e tu és parte de mim

ah inocência onde vais? Diz me!
supressão temporal na minha linha de vida
porque comecei a viver quando nasci e não quando teu corpo percorri?

como dois sejamos um… branco e preto.
corto me de tudo mas tenho te enquanto não te perco
mas lembro me de te tocar
ao de leve
te tocar
como magia, em tarde de alegria.


ou terá sido felicidade?

Antes quebrar que torcer….

É incómodo estar em casa e sentir me um estranho
É incómodo conhecer meu espaço e perder-me
É incómodo deixar rasto pra não me perder e perder o rasto
É incómodo tentar ser eu quando não o posso ser
É incómodo ser incómodo
É incómodo…

É incómodo.

sexta-feira, 7 de março de 2008

Encantos de fingir que trabalho...

Por vezes dou por mim a pensar: "Ó gajo, não era bem melhor continuares a ser remunerado e ficares em casa a descansar de não fazer nada?"

É certo que ninguém me responde. E se eventualmente alguém tivesse a capacidade de ler pensamentos diria: "Olha lá tá este, gostava de ser professor."

Aí é que está... eu já sou professor! Dou por mim em pleno local de trabalho, a tentar falar com um grupo de adolescentes saídos precocemente do infantário, todos com aquela cara de "se não fossemos nós tu não recebias" e deparo-me com o verdadeiro monólogo. Bem lhes tento explicar que a minha remuneração é resultado das contribuições dos seus progenitores. Que estou lá pelo amor à camisola. Que a minha verdadeira vocação é a docência. E!? perguntam-me desligados de objectivos que não ultrapassem os próximos cinco minutos, ou do cigarrinho que vão fumar atrás do pavilhão, ou das mamas da Maria que um dia destes vão passar pelas suas bocas.

Assim, faz todo o sentido que eu me questione se de facto não seria melhor ficar em casa em repouso.

Sei, temos que zelar pela formação das nossas crianças... e quem zela pela sanidade mental dos que tentam transmitir conhecimento??

Devia ter sido carpinteiro, homem do lixo (como em criança cheguei a almejar), pintor de automóveis ou técnico especializado em condutas e saneamento.
Isso sim seria aliciante!

Caso para dizer:
"ABAIXO A GERAÇÃO!
MORRA O DANTAS, MORRA! PIM!
UMA GERAÇÃO COM UM DANTAS A CAVALO É UM BURRO IMPOTENTE!
UMA GERAÇÃO COM UM DANTAS À PROA É UMA CANOA UNI SECO!
O DANTAS É UM CIGANO!
O DANTAS É MEIO CIGANO!
O DANTAS SABERÁ GRAMÁTICA, SABERÁ SINTAXE, SABERÁ MEDICINA, SABERÁ FAZER CEIAS P'RA CARDEAIS SABERÁ TUDO MENOS ESCREVER QUE É A ÚNICA COISA QUE ELE FAZ!
O DANTAS PESCA TANTO DE POESIA QUE ATÉ FAZ SONETOS COM LIGAS DE DUQUESAS!
O DANTAS É UM HABILIDOSO!
O DANTAS VESTE-SE MAL!
O DANTAS USA CEROULAS DE MALHA!
O DANTAS ESPECULA E INOCULA OS CONCUBINOS!
O DANTAS É DANTAS!
O DANTAS É JÚLIO!
MORRA O DANTAS, MORRA! PIM!..."

A educação tem futuro:
Semeiam-se ventos, colhem-se tempestades!

Dentro em breve ficarei em casa, não remunerado, mas a rir na minha poltrona!
Tenho dito.

terça-feira, 4 de março de 2008

Spoon of tea

Uma vitória é o concretizar positivo de um objectivo, a conquista é a plenitude. Tu és a plenitude e não estas... logo... não tenho a plenitude.

Pinto o céu de azul... Posso?

Voar e ser pássaro sem asas... Que nem sol me tornasse Ícaro para não morrer a meio do mais belo dos sonhos.

Quero ser livre de espaços e barreiras que me impeçam de ser feliz.

Claro como sou, límpido de sobras e esclarecido de tormentas, desimpedido de sonhos, determinado... só eu de mim mesmo. Um eu que tem a liberdade de escolha ou a plenitude de opção.

Quero ser raio de sol que penetra pela tua janela, ser a luz que te dá os bons dias, o primeiro calor do teu corpo em noite de fogo, o teu despertar dos mais belos sonhos! Tocar te e encantar te com o leve brotar do orvalho e fazer magia com o teu respirar.

És tu... tu! És tu que preenche o vazio do meu recanto mais escondido, a plenitude do meu vácuo, o extravasar do esperado.


A irracionalidade na adversidade no meio do nada.... Tu que me preenches.

Não sou perfeito, mas esforço me todos os dias para ser.

“Porque tu y yo somos como un volcán
Que fere lo que más te atormienta peró acalienta tu solitud…”

segunda-feira, 3 de março de 2008

disparos e pedregulhos

Bem-vindo! É um prazer ter me neste novo mundo da escrita livre e descomprometida... pelo menos até o lápis azul entrar via banda larga.

Foi-me feito o repto por alguém rodado ou rodada na coisa da escrita cibernauta. Sim, e quando digo rodada na coisa é mesmo com larga experiencia, com mais de 5000 caracteres postados.
Como não tenho arma os disparos surgem de língua, e diga-se de passagem, disparar de língua é bom. Pedregulhos serão simplesmente o objecto de arremesso de uma qualquer catapulta. Muito se antevê neste guizos e campainhas, só depende da reduzida vontade do seu mentor e da circunscrita disponibilidade por supostos afazeres profissionais: fingir que trabalha, mas este será tema de uns outros quinhentos paus.
Assim, disparos e pedregulhos não são ameaçadoras formas de dizer que aqui se fará história ou se contarão estorias, mas sim um nome castiço para um primeiro post.
Maluco? Não, é só pensar que o que prevalece é a primeira imagem.

Chama-lhe jogada de marketing ou publicidade (até enganosa), o melhor é que se chegaste até aqui já ganhei a minha primeira batalha e provas que disparos e pedregulhos funciona.

Tenho dito. Quem vier atrás que feche a porta.

Mr. P